CEP

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CONSELHOS DE COMUNIDADE

Que haja um conselho em cada comunidade. Pede-se uma organização mínima para que a comunidade possa ter as pessoas que a ajudem na sua animação. Ele se compõe das pessoas que tem a função de coordenar AS PASTORAIS que se conseguem organizar na comunidade (um de cada pastoral) e as funções necessárias para o bom andamento da comunidade: os que cuidam do patrimônio, normalmente três pessoas: coordenado, tesoureiro e secretário (a).

O Conselho DEVE SER DE EVANGELIZAÇÃO E PASTORAL, e não só se preocupar com a organização de festas e promoções. Por isso, os CRITÉRIOS para a escolha precisam ser critérios EVANGÉLICOS. Eles são explicitados pela Paróquia quando se trata da escolha dos novos conselhos.

Todos os conselhos das comunidades da Paróquia têm um mandato DE DOIS ANOS. O exercício deste mandato é UNIFICADO. Isto significa que em todas as comunidades os conselhos são escolhidos sempre no mesmo ano, tomam posse e exercem suas funções durante dois anos. Isso é um procedimento que visa dar ocasião à formação de lideranças sempre novas.

Cada Conselho de comunidade indique (escolha) mais uma pessoa para fazer parte do Conselho de Pastoral Paroquial e que fará parte também do conselho local. Seja uma pessoa que tem visão mais ampla de Paróquia e tenha as condições de participar de, pelo menos quatro reuniões ordinárias por ano, do Conselho Paroquial.

Os conselhos de comunidade têm o dever de reunir-se pelo menos uma vez por mês para avaliar o andamento e prever eventos religiosos da comunidade. Percebe-se a diferença nas comunidades em que o Conselho se reúne e discute seus problemas e soluções. Cuidem também os conselhos do bom andamento de todas as coordenações de pastoral, dando ocasião de formação para as lideranças, não lhes negando a cobertura econômica e o incentivo para participarem de encontros de formação.

 

  1. CONSELHO E DIRETORIA

O conselho de Evangelização Comunitário da comunidade NÃO É UMA “DIRETORIA”. Todos sabem como normalmente agem as “diretorias”. Quase sempre um só que assume, decide e faz as coisas ou manda fazer. Todos já ouvimos a fala que diz: “É… se não sou eu aqui…”. As sociedades, os clubes e seguidamente também as comunidades cristãs, criaram o péssimo costume de deixar que um ou dois decidam e façam as coisas! As pessoas NÃO ASSUMEM AS ATIVIDADES EM CONJUNTO, nem se responsabilizam no conjunto; não discutem solidária e participativamente a execução das tarefas. Assim se perde um dos eixos eclesiais muito fortes após o Concílio, que é o eixo da PARTICIPAÇÃO. E por aí se vê também que a COMUNHÃO também já não é tão forte!

Esse não é o espírito de Conselho de Evangelização. É isso que queremos superar através do treinamento das ações da comunidade cristã que se revelam de forma participativa e responsável! Essa é uma das “marcas” especiais dos Conselhos de Evangelização em nossas comunidades.

O Conselho visa envolver as pessoas nas tarefas decididas e percebidas como necessárias na comunidade. Por isso procura trabalhar em equipe, em grupo, ouvindo mais opiniões e discutindo para tirar as melhores sugestões e em seguida executá-las, sempre dividindo tarefas e responsabilizando pessoas. Procura-se levantar as mais diversas propostas e opiniões e decidir pela melhor, com a presença de todos os participantes. É importante que todos falem e digam as suas ideias na reunião! Falar depois…é coisa de quem não pegou o espírito de Conselho! AGIR EM CONSELHO É TOMAR DECISÕES EM CONJUNTO e determinar solidariamente e com responsabilidade a execução das tarefas assumidas na comunidade.

Às vezes, quando há incertezas e opiniões muito diferentes, é preciso colocar as questões em votação. Aí a maioria decide! Uma vez decidido e votado pela maioria, todo o conselho deverá assumir o que se decidiu! Procure-se não voltar às opiniões DE CADA UM, quando terminou a reunião.         Ainda é muito comum este tipo de fala: “É… já que não quiseram aceitar a minha ideia, que se virem…”. Isto representa um comportamento revanchista e ressentido! Certamente não é um comportamento cristão. No Conselho não podem prevalecer ideias e interesses particulares e individualistas. Não se pode pensar em “eu perdi…”. Não é o indivíduo que deve vencer ou ganhar! Todos agem em favor da comunidade. A comunidade é que ganha! O Reino de Deus é que deve ganhar. Isto é sempre MELHOR para toda a comunidade.

Muitas vezes não sabemos discutir questões polêmicas (umas contrárias às outras). Principalmente quando nos deixamos envolver por situações emocionais e apaixonantes. Não nos dispomos a OUVIR o outro e deixar que ele proponha as suas razões. Temos que aprender a discutir com calma e não nos fixar em “coisinhas” muito pequenas. Vamos olhar sempre para o BEM MAIOR da comunidade. Quando não “ouvimos” o OUTRO, ele normalmente “se afasta de nós”. Por isso existem tantas pessoas afastadas em nossas comunidades. “Se o fulano assume… eu caio fora”! Isso revela hipocrisia e é uma falta de sensibilidade e de responsabilidade!

Nas sociedades podemos perceber que nem todas as pessoas são preparadas para atuar como Conselheiro (a) de evangelização. Isto deve ser levado em conta QUANDO SE ESCOLHEM AS PESSOAS. Aí os critérios de escolha são decisivos. Também é decisivo o JEITO DE QUEM ESCOLHE. Aquele que escolhe (ou indica), também deve seguir os critérios do Evangelho! Os critérios para a escolha devem estar claros para TODAS AS PESSOAS DA COMUNIDADE. É preciso explicar isso nas comunidades. Vamos prestar atenção e perceber que devemos ser cristãos honestos e ajudar a indicar pessoas honestas e atuantes para que a comunidade possa ir bem!

Não basta preparar e dar formação para OS QUE FORAM ESCOLHIDOS! Por isso, é necessário que todas as famílias se disponham a acolher a formação cristã e seguir os critérios do Evangelho quando se escolhem as pessoas para um novo Conselho. Os critérios para ambos devem ser os da Palavra de Deus explicitada pela prática honesta nas comunidades.

 

  • – CONSELHO E OUTRAS ORGANIZAÇÕES

O Conselho de Evangelização não tem a função e nem a obrigação de cuidar “de todas as atividades que acontecem” na comunidade, como por exemplo: “cuidar da bodega”, do esporte, dos bailes, das festas e promoções. Nem todas estas atividades são de responsabilidade do Conselho de Evangelização da comunidade. Existem outras entidades e organizações que podem e devem cuidar disso! Isso deve ser mais discutido nas comunidades e nos conselhos. Não se tem clareza sobre esse assunto nas comunidades! Esta prática está dificultando a atuação das lideranças dos Conselhos de Evangelização que facilmente se envolvem com muitas “promoções” e atividades que não são específicas de pastoral. Reconhecemos que “antigamente” a diretoria das capelas assumia tudo. Mas esta é uma realidade que mudou. Disso muitos ainda não estão convencidos e ficam insistindo em assumir tudo!

O Conselho de Evangelização precisa cuidar para que funcionem todas as atividades PASTORAIS e obrigações religiosas que se realizam a partir do planejamento paroquial e da comunidade, levando em conta as prioridades definidas em cada ano.

 

1.3 – COM QUE ESPÍRITO PRECISA AGIR UM CONSELHO?

Os conselhos de Evangelização Comunitário são o termômetro das comunidades cristãs. Quando uma comunidade escolhe bem e conscientemente as pessoas, é mais seguro que as atividades da comunidade funcionem bem. Escolher um Conselho DE EVANGELIZAÇÃO COMUNITÁRIO da comunidade é uma ação RELIGIOSA e de muita responsabilidade que deve ser assumida diante de Deus. Quando é ano de troca do Conselho, a comunidade deveria reunir-se e rezar, de modo especial para que a escolha seja de acordo com os planos de Deus. A comunidade deve invocar o Espírito Santo e rezar com humildade e coragem para que as pessoas assumam com firmeza esta sua missão. Que não se faça disso um jogo de “empurra”, onde um joga as coisas para outro. É preciso que se tenha em mente o BEM RELIGIOSO da comunidade e o cuidado com a evangelização. São serviços delicados e profundos porque se referem à missão e ao chamado que o cristão assume pelo seu Batismo. Felizmente a maioria das comunidades manifesta essa preocupação.

A responsabilização dos membros da comunidade para escolher as pessoas, é um gesto de maturidade cristã e assim deve ser assumida nas comunidades! É preciso perceber que isto é um assunto muito sério, pois dessa escolha depende o bom andamento e a educação da Fé nas comunidades e a boa convivência entre as famílias. Não se pode fugir desta missão. Por isso, a formação e a responsabilização dos membros da comunidade para estas escolhas é uma das responsabilidades que a Paróquia deverá assumir e realizar. É necessário chamar a atenção de todos os cristãos nas comunidades quando se trata do tempo da indicação das

 

 

  1. AS FUNÇÕES NOS CONSELHOS

Do Conselho de comunidade fazem parte todos os que foram indicados ou escolhidos pelas diversas pastorais que funcionam na comunidade. Podem fazer parte algumas pessoas que cuidam do patrimônio e que devem estar integradas com o todo do conselho; mas não podem se impor e querer mandar sobre investimentos e construções. Isso deve ser discutido no conjunto do Conselho.

Faz parte ainda do conselho da comunidade o representante escolhido para atuar no Conselho de Evangelização Paroquial (CEP).

Poderá acontecer que o representante de uma pastoral no conselho não seja exatamente o coordenador ou coordenadora de determinada pastoral. Mas o representante que está no conselho é que deve estar por dentro do que acontece naquela pastoral. E deve também responder por ela, animá-la e avaliá-la constantemente.

 

  • Funções do Conselho de Evangelização Comunitário (CEC)
  • Coordenar a comunidade.
  • Coordenar as atividades religiosas da comunidade: motivar, organizar, convocar pessoas, assumir responsabilidades e dinamizar a comunidade. Ficar atento sobre o todo da comunidade.
  • Participar do planejamento e organização do cronograma de eventos pastorais e outros que têm interferência na comunidade cristã. Determinar alguém para participar na reunião da Associação das Sociedades de Iporã do Oeste (ASI), na sede de Iporã, normalmente no mês de Outubro.
  • Acompanhar as programações que a equipe paroquial organiza para a formação das lideranças e coordenações de todas as pastorais na comunidade ou na matriz.
  • Providenciar (custear) para que as lideranças tenham condições de participar dos encontros de formação (transporte, material, comunicação, incentivo).
  • Marcar as reuniões ordinárias de avaliação, planejamento e organização dos eventos religiosos na comunidade. A orientação é que se faça uma reunião por mês. Estabelecer uma data fixa para que a equipe paroquial ou o padre possa saber e na medida do possível participar de alguma reunião.
  • Decidir em reunião e assembleia, investimentos que se queiram fazer na comunidade (construções novas, reformas com projetos, antes de tudo isso entrar em contato com o pároco ou administrador da paróquia).
  • Cuidar, ou encarregar alguém para organizar todo o espaço sagrado: interior da Igreja e exterior.

 

2.2 – Funções do Coordenador do Conselho. A principal é coordenar o Conselho

  • Coordenar as reuniões mensais ordinárias do Conselho e as extraordinárias. Organizar a pauta da reunião do Conselho em sua comunidade.
  • Conhecer as pessoas e as diversas ações que as pastorais devem executar na comunidade. Ver novas necessidades. Procurar contato com pessoas afastadas e / ou excluídas.
  • Manter contatos próximos com o coordenador do CEP.
  • Informar-se sobre as programações paroquiais e diocesanas.
  • Manter contatos permanentes com os coordenadores (as) das diversas atividades pastorais na sua comunidade (por isso não deve apenas pensar no patrimônio/construção).
  • Executar as tarefas em nome do conselho, depois de decididas em reunião, bem como delegar e distribuir atividades para outras pessoas, conforme indicação do conselho.
  • Agilizar todas as comunicações oficiais com a comunidade.
  • Conhecer em profundidade a sua comunidade cristã.
  • Manter contatos com a equipe paroquial sobre situações novas que surgem na comunidade.
  • Encaminhar soluções junto à Secretaria da paróquia ou equipe sobre exigências legais que vem de outras instâncias.
  • Informar-se constantemente sobre Orientações que vem da diocese e da equipe Paroquial. Cuidar da legalização do patrimônio da comunidade. Manter contatos oficiais com as entidades públicas e resolver questões que atingem a comunidade.
  • Motivar e organizar as festas e promoções, contatando com as pessoas para nomear festeiros e encarregar pessoas no serviço.

Com o tesoureiro, assinar cheques e outros documentos contábeis. Cuidar igualmente de compras de material e acompanhar reformas ou construções na comunidade. Caso algum membro do conselho por um motivo ou outro deixe sua função, se orienta que um dos membros engajado com conselho, seja de dentro ou de fora assuma essa função ou que tenha um suplente.

 

  1. CONSELHO DE EVANGELIZAÇÃO PAROQUIAL – CEP
  • Deve ser alguém que entenda melhor a situação de toda a paróquia. Escolhido pelo conselho (da comunidade) para fazer parte do conselho da comunidade.
  • Faz a ligação com as questões paroquiais (comunidade/paróquia), integrando-se e conhecendo o funcionamento de toda a paróquia.
  • Responsabiliza-se pelos projetos paroquiais, levando-os ao conselho de sua comunidade e posteriormente a toda a comunidade.
  • Ele não é apenas REPRESENTANTE. Mas é responsável para discutir e assumir junto com todos os demais conselheiros as decisões e projetos de Pastoral da Paróquia (o representante não é apenas consultivo, mas deliberativo).
  • Seja pessoa que melhor conhece a sua comunidade e que sabe como funcionam as normas e deveres em relação à paróquia e mesmo na relação com as orientações da diocese.
  • Participar de todas as reuniões ordinárias do CEP. São normalmente quatro por ano, todas planejadas no começo de cada ano. Seu contato com a Paróquia – de modo especial com o pároco – deve ser bem seguido.
  • Deve ser bem informado sobre os planos da Paróquia e da sua comunidade.
  • Deve ser alguém que saiba considerar a Paróquia como ponto de partida. Que saiba dialogar e tomar decisões de conjunto, principalmente em relação aos pontos polêmicos. Os mais comuns são da área econômico-financeira.
  • Interessar-se e assumir as campanhas da Paróquia e tomar a defesa das ações de pastoral que visem à melhor formação das pessoas.