A Paróquia Nossa Senhora das Mercês

nossa história

As primeiras famílias de colonizadores chegaram a esta região nos anos de l925 e l926. Em sua maioria, eram descendentes de alemães e italianos, vindos do RS.

A Sociedade União Popular (“Volksverein”) colonizou e vendeu parte das terras hoje pertencentes ao município de Iporã do Oeste. Segundo depoimentos, o projeto da colonizadora era discriminatório e excludente. A etnia e a religião eram os dois critérios para definir a localização geográfica das famílias imigrantes. As famílias católicas e de origem alemã podiam se estabelecer em Itapiranga. As demais eram encaminhadas para outras regiões, como Mondaí, Palmitos e Iporã do Oeste. Na colonização de Iporã do Oeste, porém, entre as famílias de colonizadores, havia evangélicos e católicos; e diga-se a bem da verdade, eles se entendiam muito bem. Portanto, pode afirmar-se que Iporã do Oeste surgiu sob o signo do ecumenismo.

Três fatores atraíram os primeiros imigrantes para a região: a fertilidade das terras, os enormes pinheirais e a quantidade e qualidade da água, razão dos nomes dados a este lugar: Pinhal, Iporã e Iporã do Oeste. Em tupi guarani, “Iporã” significa “rio bonito”.

Em 20 de abril de l980, realizou-se o sonho da comunidade alimentado por mais de 20 anos: foi instalada a nova Paróquia e nomeado como primeiro pároco o padre Luiz Heinen. Com sua saída, no final de 1987, a paróquia foi confiada aos padres do Sagrado Coração: Pe. Arcelo Rockenbach, Pe. Pedro Mathias Engel, e Pe. Ilmo Dick. Em 1994 os padres jesuítas, que por sinal tinham sido os primeiros a realizar aqui o atendimento religioso, assumiram a coordenação da paróquia, através de Pe. Erno Luetkemeier (SJ) que atuou durante quase dez anos (1994 até inicio de 2004). A partir de 2005, assumiram os trabalhos os padres diocesanos. Atualmente ela está confiada aos padres Alcido Kunzler (pároco) e Osni de Souza (vigário paroquial).

A paróquia é formada por 21 comunidades e tem como padroeira Nossa Senhora das Mercês.

Desde sua criação, a paróquia apoiou a caminhada da Igreja Diocesana. Logo iniciou um trabalho de formação de lideranças, apoiou e acompanhou as organizações e movimentos sociais, como: o sindicato dos trabalhadores rurais, a luta contra as barragens, a luta dos trabalhadores sem terra. Foram alvo de preocupação pastoral: a liturgia, a catequese renovada e a animação dos grupos de reflexão.

Hoje a Paróquia mantém e dá muita importância às seguintes organizações: os Conselhos de Pastoral nas comunidades e o Conselho de Pastoral Paroquial, bem como os principais serviços de pastoral que são coordenados e animados por centenas de lideranças. Existe um grande esforço na animação e formação dos ministérios leigos, porque estão na linha de frente na animação das comunidades.

Em 1976, a convite da direção do Hospital Nossa Senhora das Mercês, um grupo de Irmãs Franciscanas da Penitência veio estabelecer-se em Iporã do Oeste, para trabalhar nos serviços de enfermagem. Posteriormente, engajaram-se na pastoral, especialmente na catequese. Deixaram a paróquia em 1989.

Além da Igreja católica, que é predominante, há outras denominações: a Igreja Luterana (IELB), a Igreja Evangélica (IECLB), a Igreja do Evangelho Quadrangular e a Assembléia de Deus.

A Paróquia tem uma perspectiva de crescimento em todos os sentidos. O potencial de fé e de prática religiosa das famílias aponta claramente nesta direção. É visível a existência de vocações religiosas nas famílias. Isto é certamente uma bênção para a Paróquia de Iporã do Oeste. No final de 2008, Frei Cláudio Sturm, ofm cap, que veio morar com a família quando tinha 4 anos, foi nomeado bispo de Patos de Minas/MG.